Dia Nacional da Caatinga | 28 de abril

28 de Abril de 2024 às 11:47

Agricultora com berinjela

Dona Lurdes, agricultora cearense, mostra berinjela cultuivada de forma agroecológica em seu quintal produtivo em Quixadá, no Ceará. Foto: Arquivo CETRA

Bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga possui inúmeras potencialidades socioambientais. No entanto, mais do que exaltar as riquezas e biodiversidade, é importante alertar e despertar para a conservação desse ecossistema.

Lar de centenas de povos e comunidades tradicionais, a Caatinga ocupa um décimo do território brasileiro. Sua fauna e flora são adaptadas para períodos de estiagem e foram eles que levaram a sociedade civil organizada a reivindicar programas e políticas públicas para a convivência com o Semiárido. Já são mais de 1,2 milhão de cisternas implementadas no Semiárido brasileiro, região onde a Caatinga é predominante.

Entretanto, junto das mudanças climáticas e da exploração dos territórios pela agropecuária e pela especulação imobiliária, a degradação da Caatinga avança rapidamente. Dados do MapBiomas apontam que de 1985 a 2020, tivemos perda de 10% da vegetação da Caatinga, que agrava a situação e contribui para o surgimento da primeira região árida no Brasil, o que mostra a urgência de pensarmos políticas públicas de conservação e medidas que protejam a Caatinga e seus povos.

Dentro da construção do Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB), a Caatinga é um dos temas centrais, já que os dados coletados e as vivências das populações apresentam ela como sendo o bioma brasileiro com maior potencial de degradação e de aridização.

Proteger a Caatinga é importante para que as vidas sejam preservadas e os saberes difundidos por todo o território brasileiro. Valorizar a Caatinga nos permite visualizar outras formas de convivência e de resiliência com o clima e com o ambiente. Conheça e fortaleça ações de conservação desse bioma!