Porto Alegre recebe Seminário Regional para debater o PAB

30 de Setembro de 2024 às 23:06

Participantes do Seminário de construção do PAB em Porto Alegre (RS)

Por Mariana Reis

Porto Alegre (RS) foi a última cidade a receber os seminários regionais do Plano de Ação de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB), nos dias 27 e 28 de agosto. A realização do seminário uniu esforços da equipe de coordenação nacional do PAB, com a participação dos pesquisadores Aldrin Pérez, do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) e John Cunha da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e da equipe local, que envolveu os professores Cátia Grisa e Roberto Verdum da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O evento contou ainda com a participação de professores das universidades Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), estudantes e representantes de organizações não-governamentais e movimentos sociais do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina. Alexandre Pires, diretor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA).

Antonio Silveira, representante de Federação das Comunidades Quilombolas do Rio Grande do Sul (FACQ-RS), enfatiza a importância da participação das comunidades tradicionais na construção dessa política pública. “Nossas comunidades estão sendo dizimadas com a contaminação da água e do solo e uma grande parte da nossa população quilombola acaba migrando para periferias urbanas, para as favelas, numa condição miserável de moradia, além dos impactos da questão climática. Por isso precisamos debater tudo isso aqui”. Afirmou ele.

Após a mesa de abertura no primeiro dia, que contou com a participação de membros de secretarias do governo estadual e da sociedade civil, outro ponto forte do encontro foram as apresentações dos contextos nacional e regional sobre os temas de desertificação e arenização, enfatizando questões de cada estado da região, além da apresentação de experiências locais nos territórios, como a atuação do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA).

“É de suma importância este Plano Nacional porque a questão das secas é muito recorrente aqui no nosso Estado do Rio Grande do Sul. Nos últimos anos, nós tivemos três anos consecutivos de seca e em décadas anteriores também. Sofremos muito com seca severas que prejudicam principalmente a agricultura familiar camponesa na questão da sua biodiversidade, na questão da geração de renda para a permanência das pessoas no meio rural. Então pensar políticas públicas pensar ações que proteja os recursos naturais que é o primeiro compromisso que deve ser de toda a sociedade brasileira e o segundo pensar pequenas”, enfatizou Maria Lisiane Cunha, representante do Movimento de Mulheres Camponesas (MCC).

No segundo e último dia do encontro, os participantes puderam, a partir da participação em grupos temáticos, propor diretamente objetivos estratégicos por eixo temático para o plano nacional, que revisita, após 20 anos, o primeiro Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN-Brasil).

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